quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Porque os espaços de aprendizagem devem mudar?


*Danielle Andrada

A escola tem como seu maior desafio hoje atrair e reter a atenção dos alunos, além de construir o aprendizado de forma prática, criativa e eficaz para os aprendizes que serão os líderes de amanhã. E como devemos criar um espaço que realmente funcione?  O que precisamos levar para esse espaço?
Para que o espaço seja criado de forma eficiente temos que ter uma mistura da base teórica usando o conhecimento, a experiência e o bom senso, assim esses podem servir como guias em tudo, desde fazer pequenas mudanças na sua sala de aula para remodelação ou para a construção de novas instalações.

Transformando sua sala de aula
Há várias maneiras de usar o design para transformar o ensino e aprendizagem para atender as necessidades básicas dos alunos de forma cognitiva, emocional e física, bem como a forma de transformar a necessidade pedagógica: um toque de cor e móveis com disposições flexíveis podem ser um exemplo.

Etapas da mudança
1)      Mudança Mental
         Toda mudança é sempre um desafio e em alguns casos maior ainda para os professores, administradores e pais, mas é possível. Mudar o ambiente da sala para um formato de sala de aula centrada, por exemplo pode ser mais difícil para os professores do que para os alunos, por isso aconselhamos primeiro a visualização do objetivo final do arranjo de sala, adotando pequenas mudanças ao longo do caminho. Podemos começar por introduzir um arranjo de assentos flexíveis, favorecendo o conforto e mobilidade, por exemplo. É uma pequena mudança, mas mentalmente já mexe com as emoções e estímulos de alunos e professores, principalmente quando o mobiliário além de flexível é colorido.
2)      Informe aos pais e diretores - Comunicando
         Se a primeira etapa de aprovação junto a diretoria da escola já está resolvida para uma mudança, então está na hora de informar aos pais. Um conceito inteiramente novo também exige comunicação para os pais para facilitar a adaptação dos alunos e pontos como benefícios, divisão das crianças em sala de aula e dinâmica das aulas são fundamentais a serem comunicados.

3)      Etapa 3 – Introduzindo a mudança para assentos flexíveis
            A transição para assentos flexíveis acontece gradualmente, afinal a abordagem centrada no aluno será um passo essencial na mudança.
             Vamos às regras? Sim  regras e são básicas para que o fluxo seja perfeito. O aluno deve sentar corretamente para se sentir confortável; alunos de todas as idades aprenderão como manter a seleção de assentos justa, professores podem criar visuais divertidos como gráficos com imãs para que os alunos possam ver como todos serão rotacionados através de uma primeira escolha, segunda opção, etc.
4)      Comece a transição
           Permitir que todos os alunos experimentem cada nova opção de assentos flexíveis torna o trabalho mais divertido e adaptável e é sempre bom manter carteiras regulares de estudantes para aqueles que ainda preferirem assentos tradicionais. É uma questão de tempo.
5)      Avaliar e Modificar
          A educação nunca é estática, e o mesmo vale para assentos flexíveis. Um novo aluno pode chegar, um novo ano escolar começa, os alunos esquecem algumas regras ao longo do intervalo, uma nova opção de assento é adicionada ou uma nova é aposentada.
      Isso torna a avaliação e modificação contínuas essenciais. Quando se inicia esta transformação e chegam os resultados, realmente teremos a certeza que estamos no caminho certo.

                                 Acima antes e embaixo depois da mudança

*Danielle Andrada é fundadora e diretora da Eduinfo, graduada em Comunicação Social pela Faculdades Metropolitanas Unidas, cursou MBA em Marketing pela FGV. Com mais de 20 anos de experiência em gestão de negócios, abriu mão de tocar os negócios consolidados da família para empreender, e descobriu a paixão pela educação o que a levou a fundar a Eduinfo, empresa dedicada ao setor de educação atuando com tecnologia educacional e projetos de arquitetura para ambientes de educação.
Curiosa e não se cansa de buscar informações em todo o mundo participando dos eventos nacionais e internacionais. É membro de comunidades que discutem soluções para educação e conta hoje com uma rede de mais de 50 empresas parceiras dentro e fora do Brasil. Atuando em rede criou conexões importantes com gestores da área de educação, acadêmicos e formuladores de políticas públicas contribuindo ativamente com essa comunidade através da disseminação de práticas inovadoras, recursos tecnológicos e com estudos do redesenho dos espaços físicos e do mobiliário escolar para comportar as novas metodologias de aprendizagem.

Fontes e Referências: ISTE (International Society for Technology in Education)

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