quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Chineses querem Brasil como porta de entrada
para a América Latina
 
Associação Comercial de São Paulo recebeu ontem autoridades e empresários da cidade chinesa de Zhongshan – eles participaram de evento sobre comércio exterior  
 
Uma delegação de 30 autoridades e empresários chineses da cidade chinesa de Zhongshan esteve na Associação Comercial de São Paulo para discutir as oportunidades comuns de negócio entre a cidade e a capital paulista. O encontro foi organizado pela São Paulo Chamber of Commerce, órgão de comércio exterior da ACSP.
 
Roberto Ticoulat, vice-presidente da ACSP e presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), abriu o evento com agradecimentos aos chineses. Ele recordou que há tempos a SP Chamber mantém um escritório em Macau, aproveitando o vínculo entre as duas regiões. “Abrimos essa representação para alavancar negócios com a China continental”, disse Ticoulat, que ainda se mostrou impressionado com a pujança das oportunidades em Zhongshan. “Eles importam um total de U$ 9 bilhões e exportam U$ 28 bi. É uma cidade maior do que muitos países”, observou.
 
Já o vice-prefeito do município chinês, Yang Wenlong, lembrou que lá o crescimento tem sido estável nos últimos anos. Em 2014, o PIB de Zhongshan foi de U$ 45 bilhões, o que significou uma renda per capita de U$ 14.200.
 
Entre as indústrias mais tradicionais de Zhongshan estão as de produtos eletrônicos, utilidades domésticas, iluminação, ferramentas, móveis e têxteis. No ano passado, sua relação com o Brasil movimentou U$ 430 milhões – valor ainda incomparável com os U$ 77,9 bilhões totais, quando se contabilizam as negociações brasileiras com toda a China.
 
“Nosso objetivo é oferecer plataformas para nosso empresariado conhecer melhor as oportunidades de São Paulo. Queremos fechar negócios o mais rápido possível”, destacou Wenlong.
 
De acordo com Liu Yuhang, representante do governo chinês, a expectativa das autoridades chinesas é de que o Brasil utilize Zhongshan como porta de entrada para fazer negócios no restante da China. Ao mesmo tempo, eles querem não apenas explorar o potencial econômico brasileiro, mas usar o país como entrada para toda a América Latina.
 
Yuhong e Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, fizeram palestras sobre a economia e as oportunidades de negócios em Zhongshan e em SP, respectivamente.
 

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