quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

iNFavela chega como passaporte de entrada das
grandes marcas nas favelas
 
Com um orçamento de 2 milhões de reais previsto para 2015, a iNFavela passa a integrar o Grupo PPG (terceiro maior grupo brasileiro independente e com 100% de capital nacional de comunicação) e chega com o objetivo de aproximar as grandes empresas dos consumidores das favelas e ajudá-las a entender esse mercado fértil e inabitado, através de experiências criativas entre as marcas e o público-alvo. Para isto, a nova agência conta com a qualidade reconhecida da Invent - uma das maiores empresas de live marketing do Brasil - e a ampla experiência nesses territórios da FHolding - mantenedora da Central Única das Favelas (Cufa) com atuação no desenvolvimento econômico e social das comunidades.
 
A iNFavela, que já nasce como a maior agência do ramo, terá presença nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador, sendo que a sede principal será no Rio, em Madureira. Até o momento, a agência possui 25 funcionários, sendo que 75% destes são pessoas das próprias comunidades onde o empreendimento atuará. Esse, por sinal, foi um dos primeiros passos da iNFavela ao longo do ano de 2014: oferecer treinamento e trabalho aos moradores dessas regiões. Além disso, a agência já iniciou trabalhos para Ambev, Grupo Light e Avante. A meta é trabalhar de forma completa para uma carteira de cinco a sete clientes em 2015.
 
Atualmente, as favelas movimentam cerca de R$ 64,5 bilhões por ano - de acordo com a pesquisa Radiografia das Favelas Brasileiras, do Instituto Data Favela, 2013 -, capital semelhante ao PIB de Paraguai e Bolívia juntos. E é, justamente, neste cenário que a iNFavela vai atuar.  
 
“A proposta é atuar no território de periferias e favelas de todo o Brasil. Vamos fazer com que marcas que não tenham acesso a esses locais passem a ter, de maneira planejada e eficiente. Durante muito tempo chamávamos esses lugares de comunidades carentes, mas de carente eles não têm nada. Esses locais têm uma economia pulsante, que precisa ser estimulada de forma responsável, é claro”, afirma Sandro Ferreira, presidente da Invent e da iNFavela.
 
Para Celso Athayde, fundador da Cufa e presidente da FHolding, a iNFavela chega para solucionar tanto o problema das empresas quanto dos consumidores que moram nas favelas. “Estudamos o comportamento dos moradores das favelas e percebemos que existe uma lacuna grande entre os interesses e as necessidades dessas pessoas e a oferta das grandes empresas. Isso acontece porque até hoje a comunicação voltada a essa população foi muito pouco explorada. Com a iNFavela, vamos aproximar essas empresas deste público e trazer benefícios para os dois lados”, explica Celso Athayde.

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