quinta-feira, 22 de março de 2018

Entrevista de emprego: como sair de situações
complicadas com elegância

É muito comum ouvirmos especialistas indicando como um candidato deve se comportar na hora de uma entrevista de emprego. Geralmente são as mesmas recomendações: ir vestido de forma adequada à vaga pleiteada, ser educado, risonho, simpático. Para as mulheres, sempre falam para não exagerar na maquiagem e não extrapolar no uso do perfume, o que vale também para os homens.

Mas e como sair daquelas perguntas muito comuns sem cair no clichê ou obviedade? Exemplo? A clássica: qual seu ponto fraco? A maioria das pessoas costuma falar que é ser perfeccionista.

Então, como responder sem queimar a largada, sem cair no óbvio e sem parecer que está provocando o entrevistador? “Poderia falar, de forma elegante, que seria melhor perguntar aos seus amigos, que o conhecem melhor. Outra possibilidade é falar, por exemplo: pontualidade. Inverter os papeis e perguntar: para o posto que vou ocupar, não ser pontual é algo grave?”, aconselha o executive coach Edson de Moraes, formado pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF – International Coach Federation e sócio do Espaço Meio.

Porém, é só entrarmos em grupos de profissionais no Facebook para nos depararmos com desabafos de pessoas que passaram por situações constrangedoras. Um exemplo: uma moça que tem a certeza de que não foi contratada por ter dito que tem uma doença psiquiátrica. Nesses casos, vale a pena se abrir?

Moraes aconselha a ser sincero, mas a responder o que for questionado e a não falar voluntariamente. “O que interessa a essa pessoa perguntar sobre isso, se você estiver se medicando, se tratando? Porém, se perguntarem, responda a verdade. Exemplos: Sim, tenho uma doença psiquiátrica, mas eu tomo remédio, faço terapia e estou bem; Fui contaminado pelo vírus HIV, faço tratamento e isso não me impede de ter uma vida normal.  

O especialista aconselha a não levantar bandeira sobre o problema, mas não omitir. Ou seja, de novo, responda o que for questionado. Porém, ele lança uma questão: “Se fizerem esse tipo de pergunta, sobre saúde, gênero, política, situação financeira e temas afins, acredito que valha a pena você também se questionar se gostaria de trabalhar em uma empresa assim”.

Dizer não

Outra situação: uma pessoa se candidata a uma vaga, mas o contratante fica sob sigilo. Só na última fase do processo de seleção, após testes e entrevistas, fica sabendo que se trata de uma empresa de tabaco, da indústria bélica, ou é um frigorífico ou confecção que utiliza pele animal. E pelas suas crenças e valores, após a descoberta, precisa dizer que não tem interesse na vaga. Como sair bem dessa situação?

Moraes diz que na cultura ocidental as pessoas vão ao processo de seleção e veem o entrevistador como alguém que está lhe fazendo um favor, não como se essa relação fosse uma troca. No caso acima, é cabível comentar com o recrutador que você não foi informado sobre o ramo de atuação do contratante. O que também pode ser feito é você se adiantar quando o nome da empresa não for dito. Comente as suas restrições. Assim, nenhum dos lados perderá tempo.

“As pessoas não têm coragem de falar não, pois se sentem rejeitadas. Elas sempre esperam por alguma recompensa. Outros pensam que falar não é uma barreira que fechará portas. Porém, é preciso lembrar que se trata de um contrato de trabalho e que ele não será eterno. Assim, voltamos ao que é realmente  importante, seus valores e crenças, isso vai determinar tudo”, finaliza Moraes.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Brink’s e Accesstage lançam joint venture

Objetivo é oferecer ao mercado soluções inovadoras na gestão financeira, de numerário e de prevenção a fraudes

A Accesstage, empresa especialista em soluções de intercâmbio de dados financeiros e com expertise de mais de 16 anos em conciliação de pagamentos e recebimentos, e a Brink´s, líder mundial em segurança e logística de valores, unem tecnologia e conhecimento em um joint venture inédita para lançar no mercado, a Trustion, nova empresa provedora de soluções financeira e de tecnologia, que nasce a partir de um investimento aproximado de 10 milhões de dólares, com equipe de executivos dedicada e endereço físico para início das operações.

O primeiro produto da empresa será focado na conciliação de recebíveis em cartões com a grande novidade do mercado de conciliação de numerário e cheques. A nova solução vai permitir o controle da gestão de incidentes junto aos fornecedores (pontos de venda, financeiro das empresas, adquirentes e transportadoras), o que, hoje, é um GAP entre as empresas varejistas e o que causa possíveis perdas de valores durante todo o processo.
A Brink´s buscava no mercado uma empresa com know-how em tecnologia e conectividade financeira para apoiá-los na nova solução, gerando assim uma conciliação ponta a ponta. Encontrou na Accesstage essa expertise com mais de 120 mil CNPJs conectados e mais de 80 bancos homologados em sua carteira de parceiros. Juntas criaram a Trustion, que realizará toda a gestão financeira, desde o pontos de venda do cliente, parceiros de negócios (adquirentes e bancos), transporte de valores com segurança, até a garantia de depósito com exatidão na conta do cliente. 
A tecnologia, os processos e o conhecimento adquirido ao longo de mais de 17 anos fizeram da Accesstage a escolha certa como parceiro para oferecer ao mercado uma solução inovadora que trará inúmeros benefícios ao varejo. Trata-se de um gigante no negócio de conciliação”, explica Fernando Sizenando, presidente da Brink´s. “A experiência da Brink’s, empresa de tradição de mais de 150 anos no mercado de segurança e transporte de valores, foi primordial para a idealização de uma empresa completa para atender este mercado ainda não explorado”, explica Celso Sato, presidente da Accesstage. 
“Vamos consolidar a empresa no mercado nacional, mas já enxergamos um forte potencial para replicar o modelo de negócio também fora do Brasil, aproveitando a penetração da Brink´s em mais de 100 países contando com mais de 4.000 clientes espalhados pelo Brasil”, acrescenta Sizenando.
Especialista em conectividade financeira e pioneira em soluções para intercâmbio de dados financeiros. A Accesstage otimiza a gestão da cadeia financeira de seus clientes e garante integridade e segurança nas vendas, pagamentos e recebimentos para todos os envolvidos na cadeia – empresas, fornecedores, adquirentes, bandeiras e bancos.
Com uma base de mais de 120 mil empresas conectadas, parceira de mais de 80 bancos e mais de 20 adquirentes de cartões, passam mensalmente pela sua plataforma mais de 750 milhões de transações.
A companhia foi a primeira empresa do segmento a conquistar a certificação Payment Card Industry – Data Secutirty Standart (PCI-DSS), que a consagra como uma das maiores e melhores representantes da indústria de cartões de crédito existentes no mercado.
Fundada em 1859 em Chicago (EUA), a Brink’s é uma das principais fornecedoras mundiais de soluções de segurança e logística, incluindo logística doméstica e internacional, gestão de numerário, segurança eletrônica, correspondentes bancários e prevenções a fraudes. Com operações em mais de 100 países, é pioneira no transporte de valores, e hoje emprega mais de 60.000 funcionários em aproximadamente 1.100 instalações com 12.000 veículos.
No Brasil desde 1966, a Brink’s foi a primeira empresa especializada em transporte e logística de valores. Hoje está presente no território nacional com mais de 9.000 funcionários em 69 filiais com serviços diversificados atendendo a vários segmentos, como instituições financeiras, varejo, e-commerce, mineradoras, indústria farmacêutica, eletroeletrônicas e comércio de modo geral.


quinta-feira, 15 de março de 2018

Novo exame avalia a ancestralidade
de doadoras de óvulos
Um teste que avalia  700 mil regiões do DNA das doadoras pode confirmar as contribuições das diferentes etnias, dando mais segurança a respeito das características étnicas que podem ser passadas à criança proveniente desses óvulos; ele vem se juntar ao teste genético preconcepcional -  TGP que é capaz de identificar e prevenir a transmissão hereditária de doenças genéticas

De todos os diagnósticos conhecidos, o mais difícil de ser aceito pela mulher é o da ausência de óvulos capazes de serem fertilizados, isto é, que o ovário não possui mais óvulos capazes de gerarem filhos. É um momento de decepção, pois ela acredita que não será mais possível ser mãe. Esse fato pode ocorrer em mulheres jovens, com falência ovariana prematura, também chamada de menopausa precoce; em casos de cirurgias mutiladoras, em que são retirados os dois ovários; em idade avançada, quando os óvulos produzidos não formam embriões de boa qualidade; ou na própria menopausa na idade certa (ao redor dos 50 anos), época em que não existem mais óvulos.

A solução para todos esses casos é a doação de óvulos. Essas mulheres podem ser mães e gerar o(s) filho(s) no próprio ventre, tendo um bebê fruto dos espermatozoides do marido com um óvulo de uma mulher doadora. O primeiro impacto dessa proposta de tratamento para essas pacientes é sempre de indignação, acompanhada de comentários como: “Então esse filho não será meu”, “Essa criança não terá as minhas características, nem o meu DNA”, entre outros. Essas afirmações são feitas por quase todas as mulheres em uma fase inicial. Mas, após um período de reflexão e conhecimento, retornam, aceitando essa opção para ter os filhos.

A doação de óvulos é um tratamento sigiloso, que é do conhecimento exclusivo do médico e do casal. As doadoras devem ser anônimas, isto é, não podem ser da própria família nem conhecidas do casal. Normalmente, as mulheres não divulgam a informação que a gravidez é proveniente de óvulos doados. Portanto, uma grande preocupação que se tem é da doadora ter o máximo de semelhança física com a  receptora.

No IPGO, a candidata a doadora, além de um exame clínico e laboratorial rigoroso, deve preencher um questionário detalhado sobre sua vida pessoal e médica, incluindo informações sobre antecedentes e características familiares. Detalhes físicos como peso, estatura, tipo e cor dos cabelos, cor dos olhos e da pele são incluídos nesse questionário, acompanhados de uma foto de quando era criança, para que a receptora tenha uma ideia da fisionomia de quem lhe doará os óvulos. Assim, ela se sentirá mais segura, e sem o risco de um reconhecimento futuro”, afirma Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO..

Entretanto, considerando a grande miscigenação da população brasileira, mulheres muito parecidas podem ter genes de outras etnias que, no filho, podem se manifestar, tendo o bebê características muito diferentes da família da receptora. Um novo exame pode dar mais segurança na escolha da doadora: o teste de ancestralidade  globalNele, são analisados 700 mil regiões do DNA de todos os cromossomos . O teste estima a ancestralidade global do indivíduo, fornecendo valores percentuais para a localização biogeográfica do material genético do indivíduo testado. Essa ancestralidade identificada na análise sofre influência de até 5 gerações (até o 16º trisavó/vô)”, explica o especialista.

O resultado do teste irá conter as porcentagens de cada ancestralidade genética que o indivíduo possui, por exemplo: 40% europeu, 20% oriente médio, 20% africano, 20% indígena, com as subdivisões dentro de cada continente (por exemplo, o teste pode indicar que destes 40% europeu, 20% são do leste europeu e 20% são das ilhas britânicas).

A lista de todas as etnias que o Teste de Ancestralidade Global analisa segue abaixo:
- América do Sul
- Américas do Norte e Central
- Ásia Central
- Ásia Menor
- Centro-Sul da Ásia
- Escandinávia
- Europa Ocidental e Central
- Finlândia
- Ibéria
- Ilhas Britânicas
- Judeu Asquenazi
- Judeu Sefardita
- Leste da África Central
- Leste do Oriente Médio
- Leste Europeu
- Nordeste da Ásia
- Norte da África
- Oceania
- Oeste da África
- Oeste do Oriente Médio
- Sibéria
- Sudeste da Ásia
- Sudeste Europeu
- Sul da África Central

Com esse exame, o casal receptor tem a confirmação das etnias que a doadora tem no DNA dela, aumentando a chance de uma criança com características físicas semelhantes à família da receptora.

Teste genético para doadoras de óvulos
O teste genético preconcepcional (TGP) é capaz de identificar e prevenir a transmissão hereditária de doenças genéticas. Doadoras de óvulos podem, eventualmente, carregar mutações de doenças genéticas recessivas que só se manifestam quando os dois genes (recebidos do pai e da mãe) estão alterados. Quando apresentam somente um gene alterado, isso não trará problema para elas, mas caso o pai também tenha essa mutação, a criança poderá receber os dois genes com mutação e, assim, manifestar a doença. A maior frequência dessas alterações ocorre quando se combinam cargas genéticas similares, como, por exemplo, nos casamentos consanguíneos, pois aumenta a chance dos dois parceiros terem a mesma mutação. O TCP é capaz de evitar essas doenças no futuro do bebê, antes do tratamento de fertilização, pela identificação de genes e as possíveis mutações”, afirma Cambiaghi.
O teste genético
O teste genético corresponde à análise do DNA do indivíduo, que é considerado um banco de dados químico que carrega instruções para as funções do corpo. É usado para identificar pessoas que tenham uma cópia de uma mutação do gene que, quando presente em duas cópias, causa uma doença genética. Portadores geralmente não têm risco de desenvolver a doença, mas um risco de transmitir a mutação genética para seus descendentes.
Os testes genéticos podem revelar mudanças ou alterações nos genes que podem detectar a vulnerabilidade para determinadas doenças hereditárias. Os resultados de um teste genético podem confirmar ou descartar uma condição genética suspeita ou ajudar a determinar a chance de uma pessoa desenvolver ou transmitir uma doença genética”, alerta o médico.
O teste da doadora (portadora)
O teste é usado para identificar doadoras que carreguem uma determinada cópia de uma mutação do gene que, quando estiver presente em duas cópias (óvulo da doadora e sêmen do pai), causa uma doença genética. Essas doenças genéticas são classificadas como recessivas. Isto quer dizer que para que se desenvolva, precisa haver alteração nos dois genes (aquele herdado do pai e da doadora). Se apenas um deles estiver alterado, não haverá doença e este indivíduo será considerado apenas portador.
O teste de portador deve ser realizado na doadora antes do processo de fertilização. Caso apresente mutação em algum gene, o marido poderá pesquisar também se possui essa mutação específica ou uma nova doadora deverá ser escolhida”, finaliza Cambiaghi.
 Exemplos:
  • Afro-americanos podem ser triados para anemia falciforme (doença do sangue na qual as células sanguíneas são em forma de foice e têm dificuldade de viajar livremente através dos vasos sanguíneos, causando dor e anemia).
  • Pessoas com ascendência mediterrânea, africana e do sudeste asiático podem ser rastreados para a talassemia (grupo de doenças genéticas de sangue, todas relacionados com a hemoglobina, a parte dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio).
  • Judeus Ashkenazi, de ascendência europeia, são normalmente testados para garantir que não são portadores da doença de Tay-Sachs (afeta as células nervosas do cérebro e pode ser fatal).
  • Teste de fibrose cística é particularmente importante para aqueles que são caucasianos de ascendência europeia – 1 em 25 é portador da doença. Também importante ser pesquisado no casal quando o homem tem azoospermia por defeito no ducto deferente.
  • Casais com história familiar de doenças hereditárias – como a distrofia muscular ou hemofilia – podem ser testados para riscos específicos.